abro a janela.
deixo que a chuva inunde meu quarto.
os copos sujos na cômoda.
gosto de ver a fila de formigas, compenetradas,
levando o néctar da minha sujeira.
os livros e papéis no meu colchão,
durmo em cima deles.
as cartas dos amores antigos
estão lá, amontoadas,
fugindo da caixa em que as coloquei
rio da tua tentativa de dar ordem a tudo.
o desgoverno do meu quarto
está na minha própria cabeça.
e eu não te convido a entrar.
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