domingo, 26 de junho de 2011

Em cima da serra, vi uma casa. Pequena, isolada, e me perguntei quem consegue morar lá.
A gente sem querer morou numa casa dessa. Hoje eu vivo o luto da casa que a gente morava.

No meio da serra, eu vi uma cachoeira. Eu passei tantas vezes por lá, e não vi. Até que me disseram, e vi a água correndo. Água boa, que dá pra tomar banho. Você se passasse por lá, aposto, também nem via. Anos se passariam e você não notaria a presença dela.

Da minha janela eu vejo a lua, a minha sina. A Lua que me lembro adormeceu o seu amado. Eu sei do quanto eu estive dormindo, e do quanto eu estive chorando. Você falava tanto que não ouvia o sentido do meu silêncio.

Hoje o sol me acorda e me leva, mais um dia, mais trabalho, mais terra.
Eu vivo querendo juntar as coisas que eu vejo.
Eu vivo querendo e tentando ser clara.
Sendo clara de lua, ser clara de sol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário