terça-feira, 16 de junho de 2009

As coisas que eu precisava te dizer.

Estava ela na sua janela. Um sem número de pensamentos assombravam sua casa. Ela sabia que - sozinha- conseguiria exorcizar todos eles. Mas eis que veio aquela figura estranha. E, como sempre, o que é estranho sempre a interessou muito. Então deixou que ele visse as rachaduras da casa. Um pouco dos seus fantasmas. Assim, de graça, deu também beleza e encantamento. Porque, afinal, falamos de uma casa assombrada, mas bela.

Mesmo com tanto aviso: porque ela disse. muitas vezes. Cuidado com a casa, que é assombrada. Cuidado pra não barroar nas coisas. Tem muita coisa aí que é de vidro, cai, quebra e se acaba. Principalmente, cuidado com os fantasmas.
Mesmo com tanto aviso ele resolveu entrar.
Trazendo uns fantasmas dele. E umas coisas de vidro.
Bem. Os fantasmas dele não se deram com os fantasmas dela. Os vidros se quebraram todos.

Como aquele bonsai que morreu, parece que as raízes dele tinham fungos. Ele não faz questão de olhar pra eles. Vou logo avisando: se não se tiram os fungos, o bonsai morre... não adianta água, sol, podar, não adianta nada. Muito, muito estranhamente, para quem gosta de espelho, ele teima em não se olhar de frente. E repele tanto o que suja... E eu digo, como também diz aquela propaganda do Omo: se sujar faz bem.

Pois muito bem. Que encontre um lugar seguro. Uma casa em tons pastéis.

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