terça-feira, 30 de março de 2010

Pai,
quisera eu encostar minha cabeça em teu ombro
quisera teu braço amigo ser minha morada.
enlevar-me, elevar-me em sonho,
Pai, me estende a tua mão?


De criança você me olhava de longe,
Trazia um cheiro estranho e novidades
à noite você me cobria
e o dia em que eu fugi
foi o mais cruel da sua vida.

Mas cada vez que eu te olho
Uma fria tristeza me cala
É que seus olhos são cansados.
É que seus ombros estão pesados.
É que as palavras não falam.


Como eu queria, pai,
livre,
te dar um abraço

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