quarta-feira, 5 de maio de 2010

Fantasminha

Sou um fantasma
Raramente sentido
Só finamente percebido
Sou uma rosa muda
Que não desabrocha nunca

Ah, falar, como quero!
Sou o fantasminha do quarto
Sou a presença que fica
O espírito que tenta,
Mas não se comunica

Não sou um orgulho de pais
Não sou um orgulho de mães
Não sou sequer um estande
Na feira das profissões
Sou ainda o que nasce:
Uma simples capacidade de amar
Fumacinha de corações

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