quarta-feira, 14 de abril de 2010

Moça acanhada e simples, Margarida tinha um jeito muito pessoal de olhar para tudo. Virava os olhos de um lado e outro e sua boca morena, que não se abria nunca, dizia mais dela do que ela sabia.

Temia tudo o que via e sua boca se incomodava sempre.
Tentou trocar palavras com a pessoa ao lado, mas sua boca e seu corpo disseram o contrário, e assim Margarida cerrou os lábios.
O silêncio chegou na sala como convidado ilustre e desejável.

Um comentário: